segunda-feira, 29 de abril de 2013

Que venham as excomunhões




Mais uma vez, motivado por mais uma imbecilidade da Igreja onde um dia eu fui batizado, sou despertado para fazer uma releitura dessa insanidade que acaba de cometer o bispo de Bauru.
Não quero discutir a orientação sexual do Pe. Roberto Francisco Daniel, já que isso não cabe a nenhum de nós e sequer é motivo para se discutir. O que me proponho, é analisar a postura desse bispo frente ao comportamento desse padre e a forma como a Igreja tolera outros desvios mais graves.
Ainda há pouco tempo, assistimos a renúncia de um Papa consequência de motivos amplamente divulgados pela imprensa, sem que houvesse quaisquer negativas por parte do Vaticano que, no seu silêncio, confessou tudo aquilo que foi divulgado.
Se analisarmos o documento emitido pela Diocese de Bauru, vemos, na prática, a nomeação de um tribunal de exceção nos moldes jamais conhecidos pelo mundo moderno. "O Bispo Diocesano convocou um padre canonista perito em Direito Penal Canônico, nomeando-o como juiz instrutor para tratar essa questão e aplicar a "Lei da Igreja"
Diante disso, faço as seguintes perguntas:

Sr Bispo:

Eu qual Tribunal e em qualquer época, um processo parte da Condenação?
Onde fica a presunção da inocência?
Desde quando pode existir acusação sem que exista o contraditório?
Onde, no Direito Canônico ou em qualquer outro tipo de Direito, um Bispo tem o poder de nomear juízes?
E se nomeou, quem irá nomear o defensor do padre e o conselho de sentença?
Qual foi o critério que o Sr utilizou para escolher o juiz?
Se foi por um mero conhecimento de Direito Canônico, não caberia ao réu o direito de arguir suspeição sobre o nomeado?
Por último, e só a título de esclarecimento, pergunto a esse bispo imbecil: sendo a Ordem um dos sete sacramentos e sendo esses irreversíveis, o padre deixará de ser padre?

Sem responder a essas perguntas, resta-me, apenas, o pedido da minha  auto excomunhão, apesar de já não mais frequentar essa contraditória Igreja, que alberga nos seus quadros, todo tipo de vagabundo, alcoólatra, viciado em drogas, pedófilos, trambiqueiros e abençoadores de políticos criminosos.

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