Mais uma vez, motivado por mais uma imbecilidade da Igreja
onde um dia eu fui batizado, sou despertado para fazer uma releitura dessa
insanidade que acaba de cometer o bispo de Bauru.
Não quero discutir a orientação sexual do Pe. Roberto
Francisco Daniel, já que isso não cabe a nenhum de nós e sequer é motivo para
se discutir. O que me proponho, é analisar a postura desse bispo frente ao
comportamento desse padre e a forma como a Igreja tolera outros desvios mais
graves.
Ainda há pouco tempo, assistimos a renúncia de um Papa
consequência de motivos amplamente divulgados pela imprensa, sem que houvesse
quaisquer negativas por parte do Vaticano que, no seu silêncio, confessou tudo
aquilo que foi divulgado.
Se analisarmos o documento emitido pela Diocese de Bauru,
vemos, na prática, a nomeação de um tribunal de exceção nos moldes jamais
conhecidos pelo mundo moderno. "O Bispo Diocesano convocou um padre
canonista perito em Direito Penal Canônico, nomeando-o como juiz instrutor para
tratar essa questão e aplicar a "Lei da Igreja"
Diante disso, faço as seguintes perguntas:
Sr Bispo:
Eu qual Tribunal e em qualquer época, um processo parte da Condenação?
Onde fica a presunção da inocência?
Desde quando pode existir acusação sem que exista o
contraditório?
Onde, no Direito Canônico ou em qualquer outro tipo de
Direito, um Bispo tem o poder de nomear juízes?
E se nomeou, quem irá nomear o defensor do padre e o
conselho de sentença?
Qual foi o critério que o Sr utilizou para escolher o juiz?
Se foi por um mero conhecimento de Direito Canônico, não
caberia ao réu o direito de arguir suspeição sobre o nomeado?
Por último, e só a título de esclarecimento, pergunto a esse
bispo imbecil: sendo a Ordem um dos sete sacramentos e sendo esses
irreversíveis, o padre deixará de ser padre?
Sem responder a essas perguntas, resta-me, apenas, o pedido
da minha auto excomunhão, apesar de já
não mais frequentar essa contraditória Igreja, que alberga nos seus quadros, todo
tipo de vagabundo, alcoólatra, viciado em drogas, pedófilos, trambiqueiros e
abençoadores de políticos criminosos.
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